Quando parece não ter mais solução
- Virginia Motta
- 22 de set. de 2019
- 2 min de leitura

Não é de hoje que o assunto mais comentado nas empresas de tecnologia é a falta de pessoas qualificadas para ocupar posições de pleno e sênior dentro das empresas. Ou seja, começou a "carnificina" 😱. Os hunters estão trabalhando a mil por hora e fazendo um trabalho fantástico da dança das cadeiras dos profissionais.
As pessoas que atuam como IT Recruiters contratam (com dificuldade) um Dev pleno de manhã e a empresa perde dois de tarde. Esta é a realidade 😭 (pelo menos das empresas aqui de BH)! A concorrência está violenta e os profissionais estão aproveitando a oportunidade para serem melhor remunerados ou participar daquele projeto dos sonhos ou ainda ir para uma empresa em que se identificam mais com a cultura.
É nessa hora que todo gestor de RH começa a se desesperar: turnover subindo, diretores e líderes de projetos cobrando a reposição do pessoal que saiu e o comercial no seu pé porque eles vendem os serviços, mas não tem equipe para entregar. E agora, o que fazer?
Bem, eu também não sei a solução definitiva, porque ainda estou vivendo este momento caótico do mercado tecnológico, mas quero compartilhar uma solução criativa que encontramos na empresa em que trabalho. Após esgotar todas as possibilidades e ferramentas da empresa para atrair talentos (e realmente usamos todos os meios possíveis), sentamos um dia na sala da presidência e começamos a pensar nas soluções. O problema já era bem claro e tinha sido debatido em várias reuniões: o "mundo" está com dificuldade de contratar pessoas de TI. Foi então que começamos a pensar fora da caixa: porque não tentar fazer um Open Day? Na Europa é muito comum as empresas usarem este tipo de estratégia de recrutamento (e eu tinha realizado alguns em 2017). Consiste no seguinte: as empresas realizam uma grande campanha de marketing, convidam toda e qualquer pessoa para conhecer a empresa e suas oportunidades de trabalho e fecham o maior número de posições abertas com as pessoas que estão aptas e interessadas nas vagas. Será que achamos um caminho? Só tinha um pequeno detalhe: esta estratégia é, normalmente, usada para vagas indiferenciadas. Ou seja, não para vagas tão técnicas e especializadas como as de TI.
Continuamos evoluindo a ideia, convidamos outras pessoas para pensarem junto com a gente e chegamos em um formato espetacular que atraiu um grande número de pessoas interessadas em tecnologia para dentro da empresa, além de fortalecer a nossa branding nas redes sociais 🤩.
Fato é, ainda não temos todos os dados analíticos para verificar o sucesso do evento (ele foi muito recente e ainda estamos colhendo os frutos e explorando todos os leads que geraram), mas podemos afirmar: o evento impactou a comunidade tecnológica de BH e o nome da empresa está na boca do povo! Aumentamos o número de candidatura espontâneas, atraímos com mais facilidade os talentos que estão em outras empresas e estamos fechando vaga atrás de vaga 🤟.
Depois deste case de sucesso, voltei para casa e pensei: não que esse negócio de solução criativa de problemas dá certo?! Obrigada professora Ileana Monteiro por me ensinar a técnica 😍.
Por Virginia Motta
Graduada em psicologa, pela UFF (Brasil), e mestra “jedi” em Gestão de Pessoas, pela Universidade do Algarve (Portugal), com foco em multiculturalismo, diversidade e inclusão.







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