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Millennials e a crise da meia idade

  • Foto do escritor: Virginia Motta
    Virginia Motta
  • 24 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura


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A geração que nasceu entre 1981 a 1996, cresceu acreditando que o futuro seria mais próspero, cheio de oportunidades e tranquilo. Acreditávamos que éramos capazes de alcançar qualquer coisa com dedicação e empenho. Essa história é parcialmente verdade para cerca de 54 milhões de pessoas que compõem esta geração. Porém também é carregada de frustrações e ansiedade.

Ao chegar aos 40 anos, normalmente as pessoas se questionam sobre o que fizeram na vida, que legado deixaram para os seus filhos e como vão passar a terceira idade. Não importa sua classe social, gênero ou cor, estas preocupações sempre estão presentes nos pensamentos das pessoas.

É claro que minha geração, dos Millennials, avançou muito na parte da educação e padrão de vida, principalmente quando comparamos com os nossos pais e avós, mas o cenário próspero que imaginávamos aos 20 e poucos anos foi estremecido por uma série de turbulências que tem dificultado a vida, como crises econômicas e, mais recentemente, a pandemia. Tivemos muitos saltos de evolução, entretanto, eles ocorreram em um cenário de produtividade estagnada, ou seja, em um contexto em que a quantidade que cada um produz e o que fica no longo prazo estão empacados até hoje.

De acordo com o diretor da FGV Social (Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas), Marcelo Neri, “faltaram políticas que ligassem o avanço educacional ao desempenho econômico e trabalhista". Essa geração viveu uma revolução social, mas vive uma frustração econômica. Um descasamento que surpreende, porque normalmente trajetórias econômicas e sociais andam de mãos dadas e não foi o que aconteceu no Brasil. Nesse aspecto, o país falhou e ouve um hiperotimismo que não se confirmou.

Minha geração tem um alto nível de preocupação, cansaço e ansiedade que chegam a ser alarmantes e preocupar muitos médicos. Com o aumento da nossa expectativa de vida, também vieram os questionamentos de como vai ser a vida se a previdência quebrar ou se eu não conseguir fazer o meu pé de meia para a velhice. Mais do que nunca, estamos preocupados com a nossa saúde mental e buscando formas de desfrutar mais a vida, conciliando qualidade de vida e carreira profissional.

Chegar aos 40 no atual cenário econômico não está sendo nada fácil, mas tenho certeza que a minha geração irá achar formas de superar os obstáculos e ajudar a construir um futuro melhor para as próximas gerações.


 
 
 

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