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Contratos de trabalho CLT e novos modelos de gestão

  • Foto do escritor: Virginia Motta
    Virginia Motta
  • 19 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

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Você já parou para pensar como os modelos de contrato de trabalho ainda são ultrapassados e remetem a um modelo de gestão e de trabalho do século passado? Sei que é necessário uma série de garantias legais para as empresas se protegerem, mas como podemos pensar fora da caixa e ter um contrato de trabalho que reflita o atual momento do mercado?


Estava lendo um artigo sobre Equipes Autogerenciáveis publicado em 2021 na Revista Research, Society and Development e comecei a me questionar sobre como ainda estamos presos no modelo de gestão de Taylor e Fayol. Sempre leio publicações falando que as empresas estão buscando líderes que empoderem os seus times e que descentralizem as tomadas de decisão. Mas a nossa legislação trabalhista ainda não permite que este discurso seja uma prática.


Uma pessoa quando vai ser contratada por uma empresa, para o Ministério do Trabalho, ela se resume a um código do CBO (Código Brasileiro de Ocupação) e as tarefas presentes nele. Mas com a velocidade do mercado, tais descrições e até mesmo profissões estão desatualizados ou até mesmo, não existem. Você já tentou procurar um CBO para alguém que trabalha com Customer Success? Se achou o número correspondente, me envia porque eu estou há 3 anos usando os mais próximos possíveis.

Há bastante tempo, o modelo de gestão descentralizada vem sendo utilizado nas empresas, principalmente nas de tecnologia. Diferentes metodologias ágeis vêm sendo utilizadas e demonstrando, através dos resultados, que equipes colaborativas são a melhor opção para o cenário atual.


O espaço do líder “chefe” está desaparecendo e abrindo caminho para aqueles que tem seu olhar para o colaborador, com um discurso inovador na descentralização das atividades. Empresas com modelo hierárquico vertical já não enchem os olhos dos candidatos, mesmo que tenham salários super atrativos.


As pessoas querem ser encorajadas e estimuladas a solucionar problemas e conflitos, querem imaginar e propor novas ideias e soluções para executar as tarefas, em resumo, eles querem se autogerenciar, se responsabilizar pelas atividades e serem reconhecidas.

Tudo isso que eu disse acima não está em um futuro distante, mas sim no nosso presente. Mas como você constrói um time ágil, empoderado e autogerenciável se a CLT diz que uma pessoa só pode ficar dentro da sua “caixa”?


Este é um artigo que não escrevi para trazer respostas, mas sim para despertar o interesse de outros profissionais (líderes, colaboradores, empresários, advogados, etc) a discutir sobre o assunto. Como podemos revisar os modelos de contrato de trabalho para que o nosso discurso de gestão ágil e time autogerenciável esteja também no papel?


 
 
 

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